sexta-feira, 17 de maio de 2019

UM DIA CINZA ... PRA QUEM QUISER


      Um dia cinza qualquer é sempre o dia internacional da tristeza, certo? É nublado, branco, meio friozinho... o dia mais ou menos, nem lá nem cá, nem riso nem choro, nem sol nem chuva, bem meio termo mesmo. E daí pra pintar desse tom o espírito é rapidinho. Parece até uma obrigação imposta pra não sorrir demais, não viver intensamente, não ficar pra cima, nem vibrante. Bobagem, é puro condicionamento. O clima só me influencia numa coisa: na decisão de ir ao cinema ou à praia, pois minha alegria irá junto pra qualquer ambiente. A verdade é que até gosto dos dias cinzas.
              Em minha paleta pessoal o dia cinza me convida a um novo olhar. Os filósofos gregos já diziam que a virtude está no meio, nem lá nem cá, nem falta nem excesso. Se a coisa tá cinza então não tá tão ruim, pois está longe dos extremos. Está melhor que a indefinição do branco, a cor que é a soma de todas as outras... e foi o gênio Isaac Newton quem disse isso. Então meu voto hoje vai pro cinza, injustiçado! Parece sempre perder para o vermelho da sedução, o amarelo da fortuna ou o verde da tranquilidade. Nada a ver, pois é tudo questão de atribuir significado às coisas. A cor, assim como a forma, é apenas e tão somente um atributo que ocupa o mesmo espaço-tempo do objeto, esse sim, é o que importa. Olha só: a mesa, em essência, é importante porque é mesa e não porque é quadrada ou marrom. Filosófico, né... mas é assim.
              Não vou deixar que um padrão de pensamento conduza o meu estado de alma. Sendo assim, faço desse hoje cinza um convite à reflexão, dando-lhe as mãos como desculpa pra meditar, observar, tomar um café da tarde, uma leitura gostosa e um cobertor quentinho, deixando claro que a "roupa" do dia sou sempre eu quem visto.
                

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