MELHOR DE DOIS MUNDOS
Ninguém quer abrir mão de uma coisa boa em troca de outra coisa que também é boa, certo? O ideal é incorporar à vida novas experiências ou bens sem sacrificar nada, e desfazer-se somente do que já não interessa mais. Mas é difícil escapar. O dilema da escolha é permanente na vida de todos, até mesmo das crianças, solicitadas a decidir sobre questões do seu universo.
Lembro que próximo ao aniversário de onze anos da minha menininha perguntei o que ela queria de presente. A resposta foi certeira: - Brinquedo e maquiagem. Mundos opostos e igualmente tentadores. Lógico, não quis renunciar aos recursos da infância, tampouco as vantagens do crescimento. Foi bem coerente, na minha opinião, já que deu a melhor solução para as duas realidades da sua ainda curta existência: para as horas lúdicas teria com o que brincar, ao mesmo tempo em que usaria batons para as caras e bocas de moça quando não lhe conviesse ser infantil. Pra que escolher, não é? É tão mais prático ter tudo o que se quer, simultaneamente...
Ninguém quer abrir mão de uma coisa boa em troca de outra coisa que também é boa, certo? O ideal é incorporar à vida novas experiências ou bens sem sacrificar nada, e desfazer-se somente do que já não interessa mais. Mas é difícil escapar. O dilema da escolha é permanente na vida de todos, até mesmo das crianças, solicitadas a decidir sobre questões do seu universo.
Lembro que próximo ao aniversário de onze anos da minha menininha perguntei o que ela queria de presente. A resposta foi certeira: - Brinquedo e maquiagem. Mundos opostos e igualmente tentadores. Lógico, não quis renunciar aos recursos da infância, tampouco as vantagens do crescimento. Foi bem coerente, na minha opinião, já que deu a melhor solução para as duas realidades da sua ainda curta existência: para as horas lúdicas teria com o que brincar, ao mesmo tempo em que usaria batons para as caras e bocas de moça quando não lhe conviesse ser infantil. Pra que escolher, não é? É tão mais prático ter tudo o que se quer, simultaneamente...
Imagine se os adultos também pudessem sempre viver unindo as vantagens e os prazeres, sem perdas? Algo como trabalhar com paixão e ainda enriquecer, ou tirar férias num paraíso com a família inteirinha reunida, tomar todas e não trançar as pernas. E que tal ganhar liberdade sem perder a segurança? Também amadurecer sem envelhecer. Ô, que sonho! Talvez até nem seja impossível, mas é complicado, penoso, coisa rara de se ver. No mínimo, alguma disciplina é necessária ou, quem sabe, é tudo uma questão de sorte.
De qualquer maneira, prefiro enfrentar a necessidade de uma escolha do que ter o nada como oferta, porque o melhor de dois mundos, quem sabe, seja mera ilusão.
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